Temas políticos


DISCURSO AO SER LANÇADO COMO CANDIDATO AO SENADO1

 

Ao atender ao chamamento que me fizestes e que tanto me honra, para participar da luta que, nesta hora, iniciamos, menos pensei no meu direito de cidadão elegível, que em meu dever moral de eleitor. Venho dar-vos, pois, meu voto a descoberto, fazendo, publicamente, em voz alta, perante o Rio Grande fiel à sua vocação liberatória e democrática, a motivação de minha solidariedade com um bloco de forças políticas que, na atual conjuntura histórica do país, polariza as suas mais puras energias cívicas, os princípios, os valores, os métodos e as vivências morais que ainda podem salvar nossas agredidas características nacionais e humanas.

Esta alocução será, assim, uma tomada de consciência das razões da opção de um eleitor que, nesta hora de traições às nossas raízes, quer ser fiel à sua cidadania e ao seu batismo, à herança de seus ancestrais que lutaram pela pátria e aos perenes valores do Evangelho, que plasmaram a substância ética e psicológica de nossa civilização; de um eleitor que crê, absurdo e fatal, dissociar os imperativos da tradição, das exigências de evolução social; que conjuga, no mesmo co­ração, o amor ao bem comum da cidade terrena com o do bem eterno da Cidade de Deus, e que, enfim, não crê praticável sua vocação política, sem o atendimento de sua destinação de pessoa humana, voltada ao absoluto e ao eterno.

 

1 - Descritiva da atual crise político-moral

 

Na confusão e no tumulto da presente realidade nacional, vosso apelo soa, aos meus ouvidos, como um imperativo de luta pela superação de uma crise que não é tão só política ou econômica, uma vez que atinge, medularmente, nosso processo histórico e social, que, pela presença em seu âmbito de forças telúricas e primárias, estranhas e opostas ao seu curso secular, está ameaçado de projetar suas linhas de expansão rumo ao desastre e à regressão, e de colocar, na energia de seu elã criador, uma tensão explosiva e revolucionária.

Nas estruturas históricas e naturais de nosso espaço social, desenham-se linhas de ruptura, alarmantes fendas que prenunciam iminentes desmoronamentos institucionais e grave subversão dos valores básicos de nossa cultura.

Irrompem, hoje, agressivos e ferozes, em nosso processo histórico, elementarismos instintivos, primarismos audaciosos e irresponsáveis, mórbidas volúpias de poder e de felonia, que traduzem carência de sentido histórico-cultural, impressionantes ressentimentos face a toda normatividade ética e jurídica; ameaçando-nos de uma regressão à Casa Grande e à Senzala, ao despotismo colonial do feitor e à coisificação da pessoa humana, usada como instrumento de produção e animal de rebanho.

E o mais grave é que todo esse frêmito simiesco, no plano político, toda essa nostalgia da caverna, que se poderia definir como um comunismo empírico e larvado, está em visível vaso-comunicação com o comunismo autêntico e racionalizado, que é o marxismo das estepes russas: A simbiose desses dois telurismos prenunciaria um fim de pátria, um crepúsculo de história.

E tem-se a clara visão da temibilidade dessas forças primárias que corróem os alicerces das instituições nacionais, quando se pensa que elas atuam não só à vista dos poderes públicos, mas, ainda, com sua velada ou expressa cumplicidade.

Seus líderes são operários de uma ordem bárbara, que, realizada, encadearia todos os brasileiros num mesmo nível, numa igualdade de animais gregários. Eles atuam sem doutrinas, improvisada e temerariamente, através de gestos temperamentais e de grotescos personalismos. Em sua agitação, aglutinam multidões sob a vara mágica de promessas messiânicas, de posse de Canaãs prometidas, de libertações irrealizáveis e de utópicos paraísos terrestres. Em seus apetites incoercíveis, na contradição de seus gestos e de seus interesses, friccionam-se e entredevoram-se, e geram no povo, levado ao limiar do delírio, estados pré-revolucionários que preparam o advento da dita­dura. Eles representam, se não por secretas afinidades doutrinárias, ao menos pela identidade dos métodos de ação demagógica, os batedores dos caminhos da revolução comunista. E quando se pensa que a ação desses carbonários, que escapam ao controle da polícia e ao julga­mento dos tribunais, se processa sobre o quadro de uma economia desorganizada, no regime de uma política financeira inflacionária, do­minada por um capitalismo cúpido e pagão, que suga, vampiricamente, através de lucros astronômicos, os parcos salários do proletariado e as escassas economias da classe média, tem-se então, sob os olhos um panorama de abismo, uma antevisão de desastre social iminente.

Uma política empírica e amoral, instintiva e caudilhesca, explora uma economia desumana e anárquica, preparando, silenciosa­mente, a morte da democracia.

Vossa presença, nesta assembléia, traduz uma decisão viril de lutar contra essa barbárie que ameaça o Brasil.

Reagis contra essa reação à cultura, à liberdade, ao espírito, à ordem moral e jurídica, à dignidade da pessoa humana e às características mais puras da tradição nacional. E, nesse gesto, realizais algo mais transcendente que uma simples atitude política: colaborais com Deus na preservação do sentido cristão de nossa história, na defesa dos ameaçados valores da civilização brasileira. É a esse chamamento último, a esse apelo das vozes apostólicas que plasmaram as estruturas morais da nacionalidade, que atendo ao ouvir seu vigoroso eco na convocação que me fizestes.

E quem não estará convosco, neste prélio, se ainda é fiel à consciência de sua brasilidade autêntica e de sua autêntica catolicidade?

Sem representar aqui o pensamento oficial da Igreja, posso, no entanto, dizer-vos que, enquanto coincido com o pensar e o sentir de centenas de milhares de homens do Rio Grande, que comungam comigo na mesma fé e no serviço do mesmo ideal, creio absurdo, ilógico e fatal qualquer tipo de solidariedade com essas forças de corrupção política e moral do país, que vós combateis com tanta bravura e tão aguda sensibilidade moral. Apoiá-las, seria praticar um suicídio cívico, trair ao bem comum, desatentar ao patético clamor do pauperismo, cujo drama é a matéria predileta de sua cruel exploração política. Acumpliciar-se com elas, seria colaborar com a implantação do comunismo entre nós, seria preparar, para a Igreja, uma vida de sub­ solo e catacumbas e, para a Pátria, uma imediata ou remota escravização ao imperialismo eslavo.

 

2 - Natureza da crise

 

Toda essa crise histórica ético-social em que nos debatemos decorre, amplamente, da carência de um humanismo político.

Uma sabedoria sobre a civitas, dissemos alhures, e uma definição do seu bem integral, são corolários de um teorema. E este deriva-se dos postulados da razão, de uma filosofia da vida, de uma teoria sobre a pessoa humana e seus fins. E um amor autêntico ao bem comum é algo que só pode ter sua fonte, em vigorosas certezas sobre transcendentes verdades reveladoras do sentido, do valor e da destinação da vida humana.

Fora desse condicionamento especulativo e ético, a prática da coisa pública, o trato parlamentar, administrativo e partidário da vida do Estado, é uma profanação de algo sagrado, é empirismo audacioso e maléfico, é semeadura da desordem e da confusão social.

A solução do problema político depende de nossa concepção do valor moral da vida. A política é uma ética especial, uma espécie do saber moral que, "supondo conhecidos os caracteres do agir humano, assim como seus princípios e suas leis, concentra-se sobre o agir coletivo e nele considera as condições de existência e eficácia."

Sem a visão de uma sabedoria e sem a nobreza de um amor à coisa pública, a ação política deixa de expressar uma vocação generosa e ascética, para se tornar uma exploração utilitária e hedonística.

Da crise universal do humano, cujas causas radicam no esvaziamento do conteúdo espiritual da vida, pela dessacralização de seus supremos valores e fins, decorreu esse desumanismo político que busca conduzir Estados, desconhecendo o mistério da pessoa e traça programas e itinerários à ação humana, ignorando o destino do homem: "Cegos, condutores de cegos..." E os Evangelhos predisseram­-lhes o epílogo da marcha - o abismo.

 

3 - Condições doutrinárias de superação da crise

 

Só duas forças morais vislumbramos como possíveis ordenadoras desse caos e salvadoras desse abismo: a inexaurível e divina energia da Igreja, que criou tudo que há de sólido e vivo na realidade nacional, e a ação retificadora de uma elite de homens públicos inspirados por um humanismo político integral e de origem evangélica.

Esse universo espiritual cuja história, disse genialmente Pascal, ser a própria história da verdade, essa prodigiosa energia civilizadora que é a Igreja: "bloco de força silenciosa", como a definiu Carlyle, põe ao alcance das mãos, crispadas pela angústia da tarefa salvadora da Nação, dessa elite de homens públicos, a única solução adequada do problema social, desse problema que não é nosso, que é, hoje, universal, constituindo o tenebroso fundo de quadro da crise político-moral que nos dilacera.

Todos os que não estão dominados pelo apetite mórbido das soluções desesperadas, e guardam sua consciência cristã e ocidental, anseiam pelo advento de uma nova ordem social mais humana e justa, realizável sem abalos revolucionários, sem incisões cruentas na matéria social, em harmonia com os ideais democráticos e sem renúncias suicidas às conquistas do espírito humano, em milênios de civilização.

Constitui uma confusão funesta, um erro de conseqüências imprevisíveis, afirmar-se, como enfaticamente se afirma, que o mundo contemporâneo se situa nas pontas de um dilema: Capitalismo ou Comunismo. Podemos e devemos optar por uma terceira atitude, única integral e justa: a ordem social cristã. Se há um dilema diante de nós, ele só poderá formular-se nestes termos: ordem social cristã ou ordem social pagã.

Essa crise, que conturba todas as camadas de nosso ser, não é um problema cuja solução constitua monopólio do comunismo. Não estamos condenados, para a obtenção do pão material, à renúncia aos valores do espírito e à morte por inanição moral. Se o cristianismo, como já observamos, não julga salvar o homem salvando-lhe, apenas, a alma para o céu e condenando-lhe o corpo ao inferno de uma vida temporal de misérias e sofrimentos injustos, no entanto, para ele, o trágico da vida não consiste em morrer sem pão, mas em viver sem Deus.

A questão social pode e deve ser interpretada à luz de uma mais justa orientação doutrinária. Essa interpretação no-la dá a Igreja, que lhe atende todas as faces e lhe considera todos os fatores.

Da teologia fluiu uma sociologia, uma integral sabedoria político-econômica. O dogma frutificou numa teoria social. Os papas, doutores universais do pensamento católico, fizeram-se líderes da re­forma de um mundo econômico desumanizado pelo capitalismo materialista e ateu.

Não farei aqui, por desnecessária e inoportuna, a descritiva do opulento conteúdo doutrinário da teoria social da Igreja. Ela é, hoje, universalmente conhecida e suas idéias fundamentais incorporaram-se à substância da civilização contemporânea que ainda é livre face aos totalitarismos tentaculares.

Direi, tão só, que, nessa síntese sobre as estruturas da nova ordem humana, conjugam-se e estão presentes todos os naturais anseios do nosso ser. As soluções que ela preconiza conciliam-se com o nosso modo histórico de existir, com o tipo latino e católico de nossa cultura, com as diretrizes de nossa evolução social e o estilo cristão de nossos costumes.

Nelas, as necessidades biológicas e econômicas e as exigências espirituais, ético-religiosas, articulam-se e se distribuem hierarquicamente; nelas, conjugam-se os imperativos da realidade político-­social com as exigências da personalidade livre; nelas, a autoridade concilia-se com a liberdade, o capital com o trabalho, as necessidades de reforma, de progresso, com os reclamos da tradição; enfim, nelas coordenam-se múltiplas exigências humanas que, carecendo de um princípio unificador e de um centro de polarização, lutavam há mais de dois séculos, criando a crise do mundo moderno.

E não julgueis que tudo isso é, apenas, um soberbo poema inspirado num alto ideal de fraternidade humana, mas, lamentavelmente, impraticável e utópico.

Essas diretivas político-econômicas disciplinam, na atualidade, os grandes Estados que se situam na esfera do mundo livre. É sob sua inspiração que se processa a reação da cultura contemporânea à barbárie mongólica do marxismo. Entre nós, elas estão presentes, com vigência plena, nos dispositivos mais humanos de nossa Carta Magna, integrando um feixe de normas reguladoras da economia nacional. E toda nossa legislação social está dominada pela sabedoria dessa dou­trina.

Em meio à confusão de mil bocas que ensinam caminhos de salvação social, em coluna cerrada, disciplinados e conscientes de sua missão, centenas de milhares de operários marcham pela estrada real que conduz a uma nova ordem humana. São os proletários cristãos do Brasil - são os circulistas do Pe. Brentano. Esse movimento é o Evangelho em marcha, abrindo caminhos salvadores no mundo de uma economia paganizada. Não é uma miragem a visão desse itinerário teórico e prático - ele está iluminado pelo Sermão da Montanha, pela sabedoria sobrenatural da Igreja, por opulenta experiência histórica e política, e avança estimulado pelas energias que se irradiam do fermento cristão.

Seu epílogo será a libertação do homem, que sacode os grilhões de uma economia opressora e escravizante; seus frutos serão a construção de uma cidade fraterna, progressista e operosa, em que os homens ocupados na produção dos bens econômicos terão lazeres e ócios para contemplar, com bem-aventurança, as lições dos lírios do campo e das aves do céu.

E as verdades, que integram essa sociologia da Igreja, também informam e enriquecem os melhores princípios programáticos dos partidos que constituem a Frente Democrática. E elas não estão como letra morta inspirando simples programa de ação, mas, ainda, como idéias-forças estilizam o comportamento de seus líderes, sugerindo-lhes os melhores métodos, as mais puras técnicas de tratamento e de condução da fenomenologia política e social.

Para a superação da crise histórica que vivemos, temos, pois, sob os nossos olhos, as verdades que salvam, aquelas em que se deve apoiar nossa ameaçada democracia.

 

4 - Condições práticas de superação da crise

 

Possuímos, igualmente, para encarnar no tecido da vida coletiva e nos rumos dos acontecimentos sociais, essa mensagem de recuperação humana, uma magnífica galeria de homens públicos.

Um dia, disse Carlos Marx: "Até agora os filósofos interpreta­ram o mundo, cabe-nos no momento transformá-lo". Enquanto Marx tentava esta transformação, que iria constituir a atual catástrofe histórica, Leão XIII e seus sucessores evidenciaram que o mundo carecia, não das verdades que lhe podem ordenar a existência, mas de decisão, viril e heróica, de levá-las à vida, à prática, e, assim, operar a verdadeira transfiguração do convívio humano.

Embora indignos portadores dessas verdades que libertam e salvam, tenhamos em sua realização efetiva e prática, a coragem lógica dos petroleiros e a audácia coerente dos carbonários. Disse, lapidarmente, um estadista inglês, tentando explicar o segredo da grandeza de sua pátria, que este radicava no fato de, na Inglaterra, os homens de bem possuírem a coragem e a audácia dos patifes. Vamos, pois, a esse povo mistificado, seduzido e roubado dos valores e das idéias que fazem a vida digna de ser vivida, para libertá-lo dos camelôs da desordem e do ilusionismo demagógico, dos exploradores políticos da miséria.

A democracia contemporânea, em sua luta pela liberdade do homem, só subsistirá tomando consciência de sua índole e origem evangélicas, vitalizando seu ideal libertário e fraterno ao contato dessas verdades ético-sociais, das quais ela deve ser esplêndido corolário político, econômico e jurídico.

Dentro da presente realidade nacional, possuímos homens públicos e agremiações partidárias que, pela influência de sua ação, pela orientação cristã de seus itinerários ideológicos, pelo alto teor moral de seus métodos de ação política, revelam-se idôneos e aptos para concretizar uma autêntica democracia orgânica. Eles, por que realizam a plena vivência dos valores que inspiram a doutrina social da Igreja, estão aptos para, sem profanação da sacralidade dessa mensagem de libertação que é fruto da caridade do Cristo, levá-la às situações coletivas que carecem de seu ordenamento e de sua disciplina.

Partidos como o Libertador, o Democrata Cristão, o Social Democrático e a União Democrática Nacional, pela pureza doutrinária de seus princípios e programas, pela austeridade de seus métodos de tratamento da coisa pública, pela história de seus serviços à Nação e pela esplêndida elite de estadistas que lhes povoam os quadros, representam vigorosas forças retificadoras dos rumos temerários da política dominante no país.

Homens como Eduardo Gomes, o legendário herói do Forte de Copacabana, que traz ainda em seu corpo as cicatrizes da luta que travou contra o comunismo agressor da soberania nacional; homens como Eurico Dutra, o mais civilista dos presidentes militares do Brasil, o guardião de nossa Carta Magna, que resguardou a existência de nossa frágil democracia pondo fora da ordem legal o partido dos carbonários marxistas; homens como Monsenhor Arruda Câmara, que tem sido um defensor, obstinado e lúcido, da intangibilidade da família brasileira, em prélios parlamentares memoráveis; homens como Raul Pilla que, como dissemos alhures, num país de superprodução de líderes, é um doutrinador, numa terra de caudilhos é um mestre, num povo que se enerva face ao espetáculo de uma monótona política de interesses, é um homem público de ideais e de princípios, homem que serve ao bem comum em meio a tantos que dele se servem, e cuja vida pública é um prolongamento de sua austera vida privada; homens como o ilustre orador que me saudou e o eminente candidato ao governo do Estado, pela Frente Democrática, constituem garantias eficazes da praticabilidade da Democracia Cristã em terras do Brasil.

Prometi que este discurso seria, apenas, a motivação do voto de um eleitor. Concluindo, resumo-a. Estou convosco por que lutais pela preservação da fisionomia cristã de nossa cultura; por que bus­cais inocular, no cerne impuro de nossa vida política, o conteúdo ético de que urgentemente carece; porque na crise que nos conturba repelis, como um crime e uma profanação, qualquer utilização política do pauperismo, e procurais a solução desse drama da miséria econômica na divina sabedoria da Igreja, nas verdades que, sendo a resposta ao problema do homem, encerram a solução dos problemas humanos. Estou convosco, enfim, por que afirmais o primado dos valores do espírito sobre os valores úteis da vida; porque credes na força incoercível dos princípios morais que dirigem a história; porque defendeis a intangibilidade desse divino dom que é a liberdade do homem e a grandeza moral e jurídica da forma democrática de viver, e nesta hora de cruel desumanismo político, resguardais a sacralidade da pessoa humana, cujo supremo destino não é a adoração de Césares grotescos ou trágicos, mas sim a livre comunhão com Deus.

E sendo estas as razões de minha solidariedade convosco, confio que convosco estarão, também, no prélio de 3 de outubro, to­dos os homens livres que integram a cristandade do Rio Grande.

 

 



1 Fascículo de 8 páginas, publicado em 1954, pelo comitê pró-candidatura do Prof. Armando Câmara ao Senado Federal. O discurso tem como abertura a seguinte frase: “ sob a proteção da Virgem Maria, praparai-vos para viver num CLIMA DE MOBILIZAÇÃO GERAL, prontos para todos os sacrifícios e para qualquer ato de heroísmo. Está assegurado o êxito final e virá o dia de triunfo do bem sobre o mal”. Pio XII.